quinta-feira, 4 de agosto de 2011

A MUSICALIDADE BRASILEIRA

Pessoal, com imenso prazer e satisfação apresento meu blog direcionado ao mundo da música, mercado fonográfico, direitos autorais, gêneros musicais e muito mais.
Importante frisar nossa parceria com a Caruaru FM, a rádio Pop da cidade, na qual vou assinar uma coluna sobre música, no site.

Aqui já começo comentando sobre a riqueza cultural brasileira, que influi bastante na forma única e diferenciada de sermos e de fazermos música, e sobre o desenvolvimento da nossa música Pop.
Se fizermos uma pesquisa mais detalhada, vamos notar o quanto a mixigenação contribuiu desde a colonização até aqui, seja atravez da cultura européia, com portugueses, espanhois, holandeses, franceses, italianos, alemães, e também dos africanos e indígenas, e também na primeira metade do século XX o Jazz e o Rock americano vieram somar mais ainda.

O pop no Brasil 

O início da revolução
É inegável que nos anos 50 a eletrificação da música modificou todo planeta através do Rock 'n' Roll, inclusive o Brasil, que teve seu primeiro espoente autoral a usar guitarra elétrica de Rock em 1957, o saudoso Betinho "e seu conjunto", com a música "Enrolando o rock" , depois os irmãos Celly e Tony Campelo, Sérgio Murilo, Roberto Carlos, os grupos instrumentais Jordans, Os Incríveis "The Clevers", bandas como Renato e seus Blues Caps... tanta gente, Jorge Ben, Wilson Simonal, etc.

Celly e Tony Campello
Antes disso os Sambas e Boleros dominavam as paradas por aqui, depois o Baião de Luiz Gonzaga e sem contar o Chorinho gênero instrumental mais segmentado.Não podemos deixar de citar Nelson Gonçalves, Cauby Peixoto, Dolores Duran, Âgela Maria, Noel Rosa, etc, etc.
Ainda depois também veio a Bossa Nova de João Gilberto, Tom Jobim, Roberto Menescal, Chico Buarque, Nara Leão, que conquistou o mundo com a mistura de Samba com Jazz.

Mas Rock Pop do início dos anos 60 que fez a cabeça da massa, um fato interessante é que quando Sérgio Murilo tinha tudo pra ser o Rei do Rock brasileiro, resolveu fazer tourne pela América do Sul, quando retornou Roberto Carlos que já compunha seu própio som, tinha tomado seu lugar, o resto vocês sabem!

Segunda onda
Depois da Jovem Guarda veio a Tropicália... ahh, Caetano, Gil, Os Mutantes, Tom Zé, Jards Macalé, Maestro Rogério Duprat...
A "Geléia Geral"... ai as guitarras elétricas com Fuzz se misturaram com toda a nossa cultura e diversidade de ritmos e estilos musicais, Forró, Frevo, Côco.


Gilberto Gil dislumbrou a modernidade do lendário album dos Beatles, o "Sgt. Peppers", e fez uma espécie de equivalente, Tom Zé escrachou um samba psicodélico com um IE-IE-IE nada romântico, Caetano citou, "Os Mutantes são demais" no seu LP de 1968, dizer mais o que?

Pop vira MPB vira Pop
MPB na cabeça de muita gente é sinônimo de Alceu Valença, Fagner, 14 Bis, Milton Nascimento, João Bosco, muitos desses que são os filhos da Tropicália, onde se misturou guitarras com sanfonas e baterias, muitas vezes uma versão mais Folk-Prog, como Zé Ramalho, o "Bob Dylan nordestino" como muitos o chamam.
O lendário Raul Seixas passou pela Jovem Guarda ileso mas sem sucesso, até se tornar um dos principais expoentes do nosso rock nos anos 70, meio sem querer tinha a misturada elaborada pelos tropicalistas, mas com uma nova cara!
Tivemos As Frenéticas pegando a moda da Disco Music, já Elis Regina veio desde os anos 60 se modificando, pois com o talento que ele tinha qualquer gênero parecia bem.
Elis Regina
Nos anos 80 os rapazes do "Rock Nacional" ganharam a notoriedade que os dos anos 70 no Brasil tanto buscaram.
Barão Vermelho, Engenheiros do Hawai, Lergião Urbana, Nenhum de Nós, Léo Jaime, Paralamas do Sucesso, Ira!, Kid Abelha, Ritchie.
Em meio a tudo isso muitas ondas foram e viéram, e tudo pareceu sempre mais e mais descartável, Sertanejos, Pagodes, Axés...
O pernambucano Chico Science cutucou o Pop novamente nos anos 90, depois veio Lenini, Maria Rita, Seu Jorge, Los Hermanos, e o barco segue.


O cenário fomenta
O Brasil é rico demais, tem de tudo... vamos torcer para que as próximas gerações entendam a importância de lutarmos por uma cena musical rica de fato e de direito, com espaço para todos e verba "For all".
De nada adianta se tivermos tanto talento mas não nos profissionalizarmos, não acreditarmos em nós mesmos e inverstirmos em nossas carreiras, buscando sempre ir mais além.

Fotos fonte:
Celly e Tony - http://www.locutor.info/index_revista_do_radio.html
Elis Regina - Divulgação